LINGUIÇA DE MARACAJU: A SUA HISTÓRIA
LINGUIÇA DE MARACAJÚ – Laurendi Sandin e Oscar Mendes foram personagens importantes na história da Linguiça de Maracaju, sendo os fundadores da Churrascaria de Maracaju em Campo Grande/ MS. Suas contribuições foram cruciais para a promoção e valorização dessa iguaria regional.
Fundação da Churrascaria: Em 1989, Laurendi Sandin convidou Oscar Mendes a montar a Churrascaria de Maracaju. Essa iniciativa não apenas trouxe a linguiça para o centro das atenções na gastronomia local, mas também ajudou a estabelecer um espaço onde os sabores e tradições da região pudessem ser celebrados.
Registro da Linguiça: Essa dupla de empresários, Oscar e Laurendi, registraram a linguiça no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). Esse registro foi fundamental para garantir a proteção do produto como uma especialidade regional, reconhecendo sua importância cultural e histórica para Mato Grosso do Sul.
Promoção da Cultura Local: A partir da década de 1995, com o crescimento comercial da linguiça, Laurendi e Oscar a pedido do então presidente do Rotary Clube, Gerson Marcondes, solicitando autorização e colaboração para a realização da Iª Festa da Linguiça de Maracaju, que se tornou um evento anual significativo. A festa visava celebrar a iguaria e promover a cultura local, atraindo turistas e fortalecendo a economia regional. A Linguiça de Maracaju entrou no Guinnes Book
Contribuição Social: Os lucros obtidos com a festa foram destinados a entidades assistenciais na cidade, beneficiando hospitais e instituições que atendem crianças e idosos. Isso demonstra o compromisso de Laurendi e Oscar com o bem-estar da comunidade local.
Importância Cultural: A Linguiça de Maracaju, sob a influência dessa dupla dinâmica e outros pioneiros, tornou-se um símbolo da identidade culinária sul-mato-grossense. A festividade que celebra essa iguaria não só promove o produto, mas também resgata e valoriza as tradições culturais da região. Em resumo, Laurendi e Oscar desempenharam um papel fundamental na história da Linguiça de Maracaju ao contribuir para sua promoção, proteção e valorização como patrimônio cultural de Mato Grosso do Sul.
A Churrascaria de Maracaju foi um marco na gastronomia de Campo Grande, com 450 m² e capacidade para 350 pessoas. Inaugurada com uma estrutura impressionante, contava com tijolo à vista, janelas de vidro blindex, piso de ardósia e um buffet extenso, além de uma decoração que celebrava a vida no agronegócio.
Contribuição familiar: O sucesso da churrascaria foi impulsionado pela colaboração da família Mendes, incluindo os filhos Gustavo e Gisele, e o irmão Euquaris Reis Mendes, responsável pelo tempero da linguiça.
Legado: Durante quase 16 anos de funcionamento, a churrascaria deixou uma marca indelével na comunidade, atendendo uma clientela fiel e vendendo em média 1.200 rodízios por dia. Embora tenha fechado suas portas, as memórias e o impacto cultural permanecem vivos, refletindo o carinho que muitos ainda têm por esse espaço icônico.
No início de 2003, o Frigorífico Matel procurou os proprietários da Churrascaria de Maracaju para adquirir a marca “Linguiça de Maracaju”, então registrada no INPI. Apesar da proposta tentadora, os proprietários decidiram não vender a marca, temendo que a produção em grande escala comprometesse a qualidade do produto, que é conhecido por seu sabor único.
A decisão dos proprietários da Churrascaria de Maracaju em não vender a marca “Linguiça de Maracaju” refletiu um compromisso com a qualidade e a tradição. No entanto, o status atual da linguiça como produto de domínio público destaca os desafios enfrentados por produtos tradicionais em um mercado competitivo. A história da linguiça continua a ser uma parte importante da identidade cultural e gastronômica de Maracaju, mesmo diante das mudanças no mercado.
Valmirar Gomes