23 de novembro de 2024

Possibilidade de público presencial dá um novo gás ao projeto Som da Concha, espaço da música autoral de MS

Espaço da música autoral de Mato Grosso do Sul, o projeto Som da Concha, abriu na noite deste domingo (12) sua temporada 2021 com o primeiro show híbrido depois do início da pandemia. Além da transmissão ao vivo pelo Youtube e Facebook da Fundação de Cultura, os shows de Alexandre Kenji e Karina Marques também permitiram público presencial, respeitando os protocolos de biossegurança e com ocupação de apenas 25% da capacidade de lotação da Concha Acústica Helena Meirelles.

Quem optou por assistir as apresentações no local, manifestou sua alegria com o retorno do projeto e da permissão de plateia presencial. A estudante de Educação Física Michele Pereira Fernandes transbordava alegria. Ela convidou as amigas Letícia Cristaldo, estudante, e Kyvia Rayssa, atendente, mãe do pequeno Davi, que toparam na hora acompanhar o show diretamente da Concha Acústica. “Eu estou super animada. Nesta pandemia, a gente sente falta de ter algo para fazer. Tomara que tenha todo fim de semana”, diz Michele.

Os irmãos Paulo e Aline Almeida vieram assistir ao show para prestigiar o músico Alexandre Kenji. Aline é namorada do tecladista da banda, Pedro Fernandes. Eles estavam pela primeira vez na Concha Acústica Helena Meirelles. “Está legal aqui. A gente está se readaptando à nova realidade do show presencial, estamos nos acostumando novamente”, diz Aline. Seu namorado Pedro completa: “é sempre melhor tocar com público”.

A maquiadora Lu Okumoto e a psicóloga Adriana Prevedelo decidiram prestigiar o show porque são amigas da cantora e compositora Karina Marques, e ficaram sabendo do show pelas redes sociais. “O fato de este show ser presencial é fantástico, maravilhoso. Depois de quase dois anos sem poder fazer e não tinha nem expectativa, hoje estamos aqui, firmes e fortes”.

Os músicos que se apresentaram na noite deste domingo compartilharam com o público a experiência e a alegria de um show com público presencial. Acostumado a tocar em outros locais, em projetos culturais, o cantor e compositor Alexandre Kenji afirma que “a sensação de estar no palco é diferente, e no show ao vivo as coisas fluem, é tudo perfeito do jeito que acontece”.

Para Kenji, o artista tem que ter muita “coragem” para mostrar música autoral. “Eu geralmente componho primeiro o arranjo, depois vem a letra. Sempre faço canções sobre coisas que mexem comigo, como questões políticas, crises de relacionamento. As músicas que apresentei no show deste domingo foram escritas de 2012 a 2016. Eu falo muito sobre o que eu estou vivenciando, sobre coisas que estão acontecendo no cenário hoje”.

Kenji acredita que o músico autoral precisa criar o seu espaço com o que ele tem diante de si. “Nos editais você vê artistas novos surgindo, aqui no projeto Som da Concha você vê isso. Essa abertura do show é para inspirar outros artistas a também mostrar o seu trabalho”.

A veterana Karina Marques era pura euforia no retorno do projeto. Animada, a cantora fez vídeos e posts nas redes sociais informando sobre a possibilidade de público presencial, convidando amigos, fãs e o público em geral a comparecer. “Foi tudo sensacional, estou numa alegria só. Eu fiquei muito feliz com a presença das pessoas. O projeto por si só já é importante, mas a saudade que todo mundo estava de um show presencial é inegável. Deu tudo certo.

Sobre o fato de fazer música autoral, a compositora afirma que tem uma “galera” que gosta, que até pede para ela tocar nos locais em que se apresenta. “Eu vivo tocando música de outras pessoas. E aqui, a proposta é essa, a música autoral, o momento é esse, aqui na Concha. O projeto dá visibilidade ao artista sul-mato-grossense”.

Karina Lima, FCMS

Fotos: Divulgação

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