FCMS retoma shows presenciais em uma noite memorável em comemoração aos 44 anos de MS
Muita energia positiva, público animado e artistas com sede de música. Assim foi o show “Delinha e convidados”, em homenagem à cantora e em comemoração aos 44 anos de Mato Grosso do Sul. O show foi realizado nesta noite bonita de 11 de outubro de 2021, na Concha Acústica Helena Meirelles.
O show foi uma mistura de ritmos e gerações e disse muito do orgulho de ser sul-mato-grossense, como bem afirmou o subsecretário de Cidadania e Cultura de MS, Eduardo Romero. O diretor-presidente da Fundação de Cultura, Gustavo Cegonha, também falou na abertura, sobre a importância da retomada dos shows presenciais neste recomeço pós-pandemia: “Este é o primeiro show realizado com público presencial totalmente liberado aqui na Concha”.
Foi uma retomada em grande estilo. O público pôde acompanhar, na primeira parte, os principais sucessos de Delinha com Beth & Betinha, Castelo, Aurélio Miranda e Celito Espíndola. A própria homenageada, Delinha, estava muito emocionada: “Obrigada pelo calor humano que vocês dão para mim”.
O cantor Castelo, da dupla Castelo e Mansão, que foi a primeira dupla a gravar com a Delinha, afirmou que a emoção de participar do show foi muito grande. “Eu tenho 70 anos, e desde os nove eu escuto as vozes do Délio e da Delinha. Até gravei a música ‘Terra de Délio e Delinha’”, diz Castelo, como forma de dizer que nosso Estado está muito bem representado pela dupla.
As carismáticas Beth e Betinha disseram que “o palco é a casa do artista” e ficaram muito felizes em dividir esta “casa” com sua amiga Delinha. “Ela é muito amiga da gente, nós fomos as que abrimos picada, mesmo, na música. Isso é uma emoção muito doida, essa é a vida do artista”.
Na segunda parte do show, a música regional deu o tom: canções que se tornaram emblemáticas como Trem do Pantanal, Comitiva Esperança, Kikiô, A Chalana e Vida Cigana foram interpretadas por nomes como Celito Espíndola, Guga Borba, Rodrigo Teixeira e também com cantores da nova geração, como a cantora da nova geração de Três Lagoas Alba Lessa. “É uma imensa honra para mim fazer parte deste show, estamos aqui sendo convidadas para cantar com tantas outras gerações. Três Lagoas foi lembrada, é uma felicidade que não cabe, é um momento único e ao mesmo tempo uma responsabilidade”, diz Alba.
O veterano Jerry Espíndola, que fechou o segundo bloco, disse que foi legal a iniciativa da Fundação de Cultura de MS de realizar o show, “com artistas daqui, foi uma grande festa, um aniversário bonito para Mato Grosso do Sul. Foi muito bonito poder voltar os shows presenciais, ainda mais aqui na Concha, um lugar significativo para a música do Estado, com artistas da velha guarda e músicas da nova geração”.
No terceiro e último bloco, o grupo Chalana de Prata, com as memoráveis canções, foi um convite irrecusável para o público dançar à frente do palco. Dava para ver muita gente se segurando até àquele momento, para poder se soltar e cair na dança.
Nas arquibancadas, um público faminto de apresentações presenciais e muito animado e encantado com as músicas da nossa terra e com nossos artistas. O casal José Henrique Lançoni e Fernanda Perruquinho, ele, vendedor, ela, auxiliar de coordenação escolar, disseram que gostam muito da Delinha e não perdem nenhum show. “Eu escuto desde pequena por causa da minha família. Faço questão de estar nos shows dela”, diz Fernanda. “A gente sempre acompanha. No dia 22 vai ter outro show com ela na Praça Ary Coelho. Já está agendado! Quem não veio, perdeu. A Delinha é um ícone de Mato Grosso do Sul e também da música sertaneja nacional. Ela tem esse jeito animado que contagia quem assiste”, diz José Henrique.
O encontro de gerações esteve presente não só no palco, mas também na arquibancada. Pessoas de várias idades acompanharam o show. Foi o caso da família Leonardi: a avó, Nelma, professora aposentada; a filha, Emeline, produtora rural, e a neta, Valentina, de 13 anos, estudante, estiveram presentes para curtir boa música. A avó e a filha vieram para apreciar e rememorar sucessos já bem conhecidos seus, e a neta veio para conhecer canções que marcaram época, uma época antes da sua.
“Este não é qualquer evento, está sendo realizado num contexto muito importante. Faz tempo que não tem shows, muita gente veio, é um momento muito bom para acontecer. Nós somos diferentes de outros Estados, temos nossa essência, nossas tradições muito fortes, diversidade cultural nas músicas, nos hábitos, na alimentação… Onde a gente vai a gente carrega nossa cultura. Para essa geração nova, é muito bom o show para conhecer os artistas e suas canções”, diz Emeline. Sua filha Valentina disse que gostou mais da parte do show que tocou música regional. Esta música [‘Vida Cigana’] é muito a minha vibe”.
A avó Nelma afirmou que “Delinha é o marco de Mato Grosso do Sul, é referência para todo sul-mato-grossense. Quando se fala de música, você se lembra do Délio e da Delinha. A gente vai sempre se lembrar deles, que começaram tudo”.
As atividades em comemoração dos 44 anos de MS promovidas pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul continuam nesta terça-feira, 12 de outubro, às 19 horas, no Auto Cine da UFMS, onde vai acontecer o lançamento dos Documentários MS em Imagens e Sons produzidos durante o curso Ministrado pelo MIS e TVE Cultura – Prêmio Darcy Ribeiro e entrega dos certificados aos participantes do curso.
Encerrando a programação, a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul vai exibir uma série de lives, do dia 13 ao dia 15, sobre “Cultura, Gestão e Memória em MS”. A iniciativa será transmitida às 19 horas, pelos canais virtuais da Fundação de Cultura de MS.
Fotos: Valmirar Gomes e Daniel Reino
Publicado por: Karina Medeiros de Lima