Mesmo após vacinação, uso de máscara e distanciamento social precisam ser mantidos, alerta SES
A vacinação contra o coronavírus está avançando em Mato Grosso do Sul. Até o dia 09 de fevereiro 80,3 mil pessoas foram imunizadas, o que corresponde a mais de 50% da meta prevista para a Fase 1 da campanha. Com isso, o alerta da Secretaria de Estado de Saúde (SES) é para que a população mantenha os cuidados de biossegurança mesmo após receber a vacina.
“A manutenção do uso da máscara de proteção e o distanciamento é importante, mesmo após a vacinação, tanto na primeira como na segunda dose, visto que precisamos de um quantitativo muito grande da população imunizada para que tenhamos um respiro”, alerta a gerente técnica de Imunização da SES, Ana Paula Rezende Goldfinger.
Segundo a especialista, as vacinas têm o propósito de estimular o sistema imunológico, pois ao serem aplicadas introduzem vírus ou bactérias inativas ou atenuadas no organismo e fazem com que o sistema imunológico reconheça agentes que causam doenças, produzindo anticorpos que evitam acometimentos mais sérios ou até mesmo a morte. Com isso, a especialista conclui que as vacinas são seguras.
“Os imunizantes são rigorosamente testados e avaliados até que possam ser liberados e ofertados para população, com isso, têm eficácia comprovada, prevenindo doenças e em alguns casos erradicando-as, como é o caso da poliomielite, que não existe no Brasil desde o início dos anos 90 devido às políticas de prevenção do Ministério da Saúde. Portanto, não precisamos ter resistência quanto a sua eficácia”, reforça a gerente da SES .
Sobre as reações, ela explica que após a aplicação algumas poucas pessoas podem desenvolver sintomas de reação adversa, uma vez que as vacinas são medicamentos e podem causar algum incômodo, dor, febre local ou outro sintoma. “Mas reforçamos que o risco de possível evento adverso e muito pequeno perto dos benéficos ofertados por uma vacina, ainda mais nos dias atuais”. Até o momento, apenas dois profissionais de saúde registraram reações graves da vacina.
Já a infectologista integrante do COE/MS (Centro de Operações Emergenciais), Mariana Croda, afirma que: “as vacinas são, na verdade, pequenas partes do vírus que vão fazer com o que corpo entenda, que faça esse reconhecimento e gere anticorpos, ficando então imunizados. Nós temos anticorpos produzidos especificamente contra esse vírus, então isso já é uma técnica que usamos há muitos anos, nós temos várias vacinas semelhantes. Então não temos o que temer”.
O exemplo citado por Mariana Croda se refere as demais virais já aplicadas há muitos anos. “Temos exemplos de vacinas que são seguras e que usamos há muitos anos como a Influenza, vacina do sarampo. A gente acredita que a vacina é eficaz e segura. E mais: não é somente o Brasil que vai usar essa vacina, a estratégia é que tenhamos outras variedades da vacina tanto no público, como no privado”.
Ana Brito, Subcom
Foto: Saul Schramm